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A mostrar mensagens de 2025

Entre o futebol que nos anima e o ultrapassado “futebolês”…

  Entre o futebol que nos anima e o ultrapassado “futebolês”… O jogo da Turquia é um daqueles em que, quando termina, ficamos com “mixed feelings”. Um bom resultado em teoria porque tudo ficou em aberto para a Luz, mas um amargo de boca porque poderíamos sair bem melhores, caso houvesse a ousadia que a superioridade merecia. Lage deu o mote ao optar por uma equipa defensiva logo de início, instintivamente orientando os jogadores para um empate como objetivo. Os jogadores, esses, cumpriram à risca essas diretrizes e trouxemos a eliminatória para a Luz. Veremos o que se vai passar, porque Mourinho jamais “atira a toalha ao chão”. Tivemos a oportunidade de ver na Eusébio Cup que o Fenerbahçe pode ser letal no contra-ataque, aproveitando bem os espaços concedidos pela defesa do Benfica. Foi assim que sofremos inopinadamente 2 golos e lá ganhámos o troféu quando poucos já esperariam, com um Henrique Araújo a prometer voltar a ser a promessa até aqui adiada. Muito para além das eleições ...

Bons resultados, maus presságios?

  Bons resultados, maus presságios? 1. Uma semana em cheio de sucessos desportivos no futebol profissional… se quisermos ser redutores e encarar apenas os resultados como única realidade, não poderia correr melhor. Despachámos o Nice com limpeza, com uma exibição qb perante um adversário hoje apenas sofrível, e ganhámos ao Estrela com uma constelação de estrelas (passe o trocadilho), daquelas que a continuar assim, prenunciam um campeão. Se formos um pouco mais a fundo na análise de ambos os jogos, vimos que contra o Nice demos os primeiros 10’ de cada parte de avanço e depois veio ao de cima a indiscutível superioridade e, contra o Estrela, a vulgaridade foi o timbre dos 90’ em que nunca vincámos qualquer superioridade. Se tivemos boas chances, eles também tiveram, quiçá até mais flagrantes. Mas também vimos os craques que custaram ou dizem valer milhões serem por demais suplantados por jogadores francamente menos cotados que aproveitaram bem a oportunidade para mostrarem que pode...

O futebol numa “Nice”, mas o resto nem por isso...

  O futebol numa “Nice”, mas o resto nem por isso... 1 . A eliminatória com o Nice já leva código postal - ou seja, com todo o mérito o Benfica “já tem meio caminho andado”! Lage surpreendeu ao apresentar uma equipa em 4.4.2, um sistema pouco rodado desde que tomou conta da equipa, apenas excepcionalmente utilizado (nem me recordo se alguma vez de início). A verdade é que resultou em pleno, muito por mérito da qualidade superior da nossa equipa e dos novos reforços, principalmente de Ivanovic, absolutamente crucial para a eficácia do sistema e com um Pavlidis a fazer excelentes movimentos que libertaram o seu colega. Assim, parabéns a Lage por ter surpreendido e engendrado este sistema. Mas, sem querer ser pessimista ou alarmista, relembro que falta o restante meio caminho que terá de ser preparado com enorme cuidado, até porque, agora, já ninguém conseguiremos surpreender. Isto de ter décadas de futebol tem a vantagem de ter memória de vitórias fora cujas vantagens foram per...

Esta já cá canta…

Esta já cá canta… 1. Com muita transpiração e pouca inspiração, conquistámos com todo o mérito a 10a Supertaça e recuperámos a liderança do troféus conquistados: 87, contra 86 do FC Porto e 56 do Sporting.  Foi um jogo muito disputado, normalmente mal jogado, típico de início de época. Algumas jogadas bem gizadas, mas demasiados passes mal feitos e poucas oportunidades de golo. No final do jogo, recebi um comentário que considerei o melhor da noite: “experimentem vender este jogo na centralização de direitos e até eu faço uma oferta”! No rescaldo, algum mau perder do treinador do Sporting que terá visto um jogo que só os mais fanatizados adeptos sportinguistas viram, umas quantas cenas dispensáveis nos últimos minutos com Fábio Veríssimo a distribuir cartões a torto e a direito e uma entrega da Taça a Otamendi que premiou um coletivo que soube sofrer e ser determinado.  Na hora da vitória, costuma dizer-se que tudo está bem quando acaba bem. Eu diria que soube muito bem ganhar...

E a bola já rola…

E a bola já rola… 1. Pronto! Oficialmente, terminou o (demasiado curto) período de defeso para o Benfica com a disputa de um jogo particular de enorme significado, a Eusébio Cup. Justa homenagem ao nosso maior futebolista de sempre, em que o mínimo que se exige, pelo respeito que nos merece, é o de lutar pela vitória no Troféu com o seu nome. Felizmente que ganhámos ao Fenerbahçe, num jogo mais renhido do que se poderia supor para quem viu a 1ª parte. Na 2ª parte, Lage deu provas de ser um democrata, privilegiando a oportunidade de todos jogarem, em detrimento ou colocando em risco a vitória no Troféu, parecendo nada entender sobre a história do homenageado. Apesar disso, oferecemos a vitória a Eusébio e tudo está bem quando acaba em bem. Havia certezas sobre algumas das surpresas que iriam jogar e muita expectativa sobre se Félix iria aterrar na Luz, qual D. Sebastião. Comprovou-se o ditado: “mais vale um pássaro na mão que dois a voar”. Neste caso, contemos com as certezas que ...

Megalomanias de Verão!

Megalomanias de Verão! Afinal o Verão de 2025 está bem mais quente do que eu pensava. LFV anunciou no passado dia 21 de julho um megaprojeto para uma nova “Cidade do Benfica” e, logo no dia seguinte, com muita pompa e circunstância, por coincidência ou não, Rui Costa aparece igualmente com um outro megaprojeto a que designa de “Benfica District”, curiosamente cerca de 3 meses antes das eleições. Julgava eu que o Benfica era um clube de prática de modalidades desportivas de alta competição, em particular no futebol profissional masculino e que estas eleições a disputar em 25 de outubro seriam sobre qual a visão que cada um dos candidatos teria para o desenvolvimento do “core” da atividade do Clube, em particular depois de termos perdido a hegemonia para o Sporting (3 títulos nacionais nos últimos 5 anos), sem descurar o cuidar das infraestruturas. Já vi que estou redondamente enganado. O importante é discutir-se quem terá um maior e melhor projeto para o desenvolvimento do Estádio...

Sonhos de Verão

Sonhos de Verão A época estival já se anunciava quente, em resultado de todas as alterações climáticas, quando LFV veio ainda mais aquecer o ambiente estival, com uma entrevista a entreabrir portas para uma eventual candidatura, mas desde já a iniciar um ajuste de contas com Rui Costa. Absolutamente convencido de que se concorrer ganha as eleições, tal a adesão que ainda acredita ter entre a massa associativa do Benfica, deixa esse anúncio para segundas núpcias, mas complementando a entrevista com um anúncio pomposo de investimentos luxuosos para a Luz, qual sonho de um visionário. Algures por 2001/02, nasceu o sonho da construção de um novo estádio da Luz, opção adotada pelos benfiquistas em detrimento da remodelação do anterior, muito mais barata na altura e que garantiria o número mítico de 80 mil lugares que garantiria uma final europeia e responderia à procura futura de lugares cativos, que hoje têm cerca de 21 mil em lista de espera (estou à vontade para falar nisto porque me...

Remover a mecânica da derrota! (por Nuno Paiva Brandão)

  Remover a mecânica da derrota! Nos últimos quatro anos, com Rui Costa na Presidência, o futebol do Benfica transformou-se no futebol do Sporting dos últimos trinta anos do século passado. Um clube recorrentemente perdedor, com políticas desportivas confusas e recorrendo obstinadamente a justificações exógenas para explicar os seus frustrantes inêxitos. No mesmo período, o Sporting "benfiquizou-se" e alcançou um inédito bicampeonato, abrindo um percurso que historicamente foi típico no Benfica. Se os benfiquistas não votarem para remover esta mecânica da derrota, a atual liderança do clube consolidará esta desastrosa inversão de personagens desportivos.  Em nome da estabilidade, um irresoluto Presidente, manteve na liderança do futebol um treinador, Roger Schmidt, com a sua capacidade de direção esgotada. Ironicamente, esta desastrosa opção, produziu o efeito oposto, incrementando a divisão e a instabilidade na equipa e no clube.  Atualmente, de novo vacilante e ...

As certezas das incertezas

  As certezas das incertezas 1. Hoje começa a época desportiva de 2025/26 da equipa profissional de futebol (masculina) do SLB e a única certeza que temos é a existência de uma enorme incerteza sobre o plantel. Se os jogos oficiais se iniciassem no final de agosto, eu ainda estaria confiante que dentro de 2 semanas tivéssemos estabilizado o plantel para treinar e competir na altura. Mas não… a Supertaça é a 31 de julho e de rajada temos a seguir as eliminatórias (cruciais) para a Champions e o início do campeonato. Olhamos para quem se noticia que apareceu no 1º dia de treinos e soubemos que 28 jogadores se apresentaram, o que nos dá a garantia de que não perderemos por falta de comparência a nenhum destes jogos. Se fisicamente estaremos em condições para os disputar e se Lage conseguirá dotar o conjunto de um mínimo de competitividade, são as incógnitas a que apenas a inquebrantável fé benfiquista responde positivamente. A coisa agrava-se se falarmos de reforços ou saídas. D...

Cheira a eleições…

  Cheira a eleições… 1. As eleições a realizar em 25 de outubro marcaram definitivamente a passada semana, com o aparecimento de LFV como putativo candidato a nova presidência, qual D. Sebastião da nação benfiquista. Como reação a notícias sobre uma eventual expulsão de Sócio na sequência de uma Assembleia realizada em 27 de setembro de 2019, onde LFV terá alegadamente perdido as estribeiras e agredido um Sócio, LFV reapareceu, altamente contundente, num comunicado a desfazer literalmente a Direção de Rui Costa. Por razões pessoais não estive presente, mas quem esteve e me merece toda a credibilidade, conta-me que LFV terá mesmo perdido o autocontrolo e, no mínimo, agarrou um Sócio. Veremos o que irá dar este processo, mas para já, os ânimos exaltaram-se de novo e LFV saiu à liça ameaçando ir a eleições – e, como há muito estou convencido de que irá, a surpresa para mim é “nenhuma”. Mas a verdade é que as declarações de LFV em resposta a este processo de expulsão vieram inc...

Quem dá o que tem…

  Quem dá o que tem… … a mais não é obrigado! E a realidade nua e crua é que estamos muito longe das equipes da elite europeia! Terminou o Mundial (e oficialmente a época) e os jogos contra o Bayern (que até vencemos por 1/0) e Chelsea demonstraram à evidência quão longe estamos do valor intrínseco dessas equipes. Muito para além do domínio avassalador a que fomos sujeitos em ambos os jogos com as estatísticas cruéis a demonstrar como fomos subjugados, foi claramente percetível a mentalidade “pequena” do nosso treinador Lage, reconhecendo “ab initio” a superioridade dos adversários, dando-lhes de bandeja o domínio do jogo, acantonando bem atrás a equipa, procurando saídas preferencialmente em passes longos que as defesas (com raríssimas exceções) “chamavam um figo”. Aquilo que mais me chocou nestes jogos foi claramente a diferença de poder físico entre os jogadores. Os nossos, com exceção de Otamendi e Renato (enquanto jogou), são todos muito macios, sempre a perderem no...

Benfica no Mundial – entre as surpresas e as consequências!

  Benfica no Mundial – entre as surpresas e as consequências! Foi preciso irmos ao Estados Unidos, mais concretamente a Charlotte, para vencermos o Bayern pela 1ª vez na nossa história, sob uma canícula que estoirou todos os jogadores que entraram na partida. Depois de um início titubeante contra o Boca que apenas deu empate e um 2º jogo contra uns amadores da Nova Zelândia, saiu-nos a taluda ao ganharmos, com alguma sorte e muita garra, a um Bayern que meteu “toda a carne no assador” na 2ª parte. Recapitulemos a estória que fez história. O jogo inicial contra o Boca Juniors trouxe um enorme “amargo de boca”, porque ficou uma clara sensação de que poderíamos ter feito bem melhor. Os nossos jogadores pareceram iniciados até ao 0/2 e, vá lá, mesmo com 10 conseguimos empatar um jogo que a certa altura parecia perdido. A constituição inicial da equipa trouxe surpresas, como Dahl à direita a demonstrar que Lage não confia nem em Leandro nem em Tiago Gouveia para fazerem o lugar ...

Um defeso que promete ser agitado!

  Um defeso que promete ser agitado! 1. As eleições já mexem e bem no Benfica. Os candidatos anunciados vão-se desdobrando em entrevistas a mais de 4 meses e vão, dizem (ou acreditam eles) marcando o terreno. Entretanto, Rui Costa resguarda-se e não desfaz o “segredo de Polichinelo”, evitando expor-se muito cedo nesta batalha a que tantos se perfilam. João D. Manteigas, Mauro Xavier, Noronha Lopes e Lima Mayer, todos eles já foram à CMTV. Por muito brilhantes que tenham sido as prestações televisivas (e para mim, nem por isso), alguém se recorda do que foi dito? Lá está… demasiado cedo para se exporem televisivamente, deixando apenas vagas impressões e ideias do que pretendem. Ao invés, os artigos publicados por Mauro Xavier, Noronha Lopes, Lima Mayer ou Cristóvão Carvalho, bem como os “podcasts” de Manteigas, deixaram imagens concretas do que pretendem (uns melhor do que outros) e que poderão repescar durante a campanha que se avizinha, uma campanha demasiado longa para tantos...

Se o Benfica não ganhar, algo tem que mudar!

O título desta crónica sobre a Assembleia Geral de 7 de junho é roubado a Martim Lima Mayer (MLM) que proferiu esta frase durante o seu discurso e eu não posso estar mais de acordo com ele. Durante a Assembleia, vezes sem conta dei por mim a pensar nesta realidade que há muito defendo ao ouvir as explicações palavrosas dos membros da Direção sobre a realidade perdedora do Benfica dos últimos anos. De súbito, MLM disse-a e eu sorri, porque expressa bem o que sinto. Uma Assembleia que foi convocada para aprovar o Orçamento 25/26 do Clube, numa linha de continuidade de pressupostos, com um resultado positivo de 5.5 M€ e onde as modalidades amadoras surgem a absorver custos de 20.6 M€, mais do que absorvendo o resultado do Departamento de Sócios, com um lucro de 18,8 M€. No final, 1056 Sócios reprovaram o Orçamento por 73,8%, espelhando bem o que foi a Assembleia que se percebeu sempre como hostil a Rui Costa! Mas, para além do “chumbo” há mais para contar. A oposição apareceu em peso, ten...