Esta já cá canta…
1. Com muita transpiração e pouca inspiração, conquistámos com todo o mérito a 10a Supertaça e recuperámos a liderança do troféus conquistados: 87, contra 86 do FC Porto e 56 do Sporting.
Foi um jogo muito disputado, normalmente mal jogado, típico de início de época. Algumas jogadas bem gizadas, mas demasiados passes mal feitos e poucas oportunidades de golo. No final do jogo, recebi um comentário que considerei o melhor da noite: “experimentem vender este jogo na centralização de direitos e até eu faço uma oferta”!
No rescaldo, algum mau perder do treinador do Sporting que terá visto um jogo que só os mais fanatizados adeptos sportinguistas viram, umas quantas cenas dispensáveis nos últimos minutos com Fábio Veríssimo a distribuir cartões a torto e a direito e uma entrega da Taça a Otamendi que premiou um coletivo que soube sofrer e ser determinado.
Na hora da vitória, costuma dizer-se que tudo está bem quando acaba bem. Eu diria que soube muito bem ganhar ao nosso maior rival, mas também nestes momentos há que perceber o que poderíamos ter feito melhor, sobretudo para evitar cometer idênticos erros no futuro. Certamente que Lage e sua equipa irão rever o jogo tantas vezes quanto as necessárias, perscrutando os erros cometidos, estudando como os evitar, porque o Nice vem já a seguir e este é absolutamente crucial para o restante da época.
2. As eleições aproximam-se e de novo LFV decidiu fazer prova de vida, sem afirmar se vai concorrer ou não, fazendo depender a sua opção de um qualquer terceiro ou acontecimento a ocorrer brevemente, facto pouco abonatório porque significa que, afinal, a decisão não é sua, exclusivamente. Mau sinal!
Dando de barato a sua decisão, fica-se confuso sobre qual o seu verdadeiro propósito ao se expor tantas vezes. Uma ideia, contudo, parece clara: quer arrasar Rui Costa, o seu ex-delfim. Fez cáusticos ataques à sua personalidade e desferiu diversos ataques às suas políticas e medidas de gestão.
Numa longa entrevista, não houve um único elogio à gestão destes 4 anos, enfatizando quão o Benfica caiu, não só na organização como até em coisas tão simples como a manutenção do Estádio e/ou do Seixal, com exemplos concretos a sustentar as suas afirmações.
Em particular, foi particularmente certeiro ao referir:
(1) o erro crasso do apoio dado por Rui Costa a Proença, absolutamente incompreensível para quem é benfiquista e que jamais o compreendeu (sobretudo quando a alternativa se chamava Nuno Lobo).
(2) as situações concretas que narrou sobre Proença, ou serão por este desmentidas quiçá com um processo em tribunal, ou deveriam, a serem verdadeiras, ser base para a sua destituição pela maioria dos clubes, se Proença não apresentar antes a demissão.
(3) a sportinguização da FPF, alertando para nomeações concretas de elementos conotados com o nosso rival para a estrutura.
Mas, a pergunta que fica é: o objetivo de tanta aparição é apenas destruir Rui Costa ou ajudar a construir uma alternativa? Se me perguntarem a minha opinião, estou convicto que não ousará candidatar-se. Porque porventura aquilo que espera para decidir será o resultado de uma qualquer sondagem a aferir a sua aceitação entre os Sócios, a realizar imediatamente após esta entrevista e, pode ser que eu me engane, mas creio que da mesma resultará que LFV faz parte do passado e não o consideram uma opção para o futuro.
Manuel Boto (Socio 2794)